Agora sou mesmo só eu.
Sou só eu comigo mesmo,
Olhando pra dentro, procuro luz.
Não vejo nada, só vejo breu.

Vazio que dói sem doer,
Estrada sem fim, sem piso,
Um nada que me parece tudo,
Um tudo que não é nada.

Penso no que me falta,
Falta-me o que pensar.
A luz que procuro dentro,
Bem mais longe vai brilhar.

Ego maldito que me constrange,
Id misterioso que me intriga,
Superego que me aprisiona
Aos preconceitos da vida.

Oh! Liberdade sonhada,
Quanto tenho esperado por ti!
Nem sei se ainda te quero,
Oh! Liberdade temida.

O piso que me sustentaria,
A âncora que tenho procurado,
O sol resplandecente do meu mundo,
Se encontra no vácuo inanimado.

Vida bela sem luz,
Bela luz sem vida.
Luz sem energia,

Energia consumida.

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